João Tordo e a Companhia das Letras lança "Ensina-me a voar sobre os telhados"
Dizem que ler João Tordo deve ser feito com um copo de vinho na mão e com toda a tranquilidade de uma Primavera Lisboeta. Não se enganem, quem diz sou eu, mas podem confiar. Assim foi, na passada sexta-feira, n’”O Bom O Mau e O Vilão”, a caminho entre o Chiado e o rio.
O lançamento da mais recente obra do autor “Ensina-me a voar sobre os telhados” teve lugar numa noite intimista enquanto chovia a cântaros. O autor agradeceu ao público por ter enfrentado o dilúvio para ali estar naquela noite, mas não havia um pingo de descontentamento nas caras dos participantes.
Clara Capitão, a editora da Companhia das Letras e, por sinal do João Tordo, começou a sessão por apresentar o autor que dispensava apresentações, facto feito óbvio quando o mesmo terminou o seu discurso com um casual e parafraseado, “Agora vou fazer o que faço melhor e ficar quietinho e em silêncio”.
A dinâmica de leituras foi lançada por Teresa Tavares, que arrepiou o público debaixo da luz quente do bar. Seguiram-se Paula Cortes, Valério Romão e André Gago entre leituras que completavam a voz anterior e davam espaço à seguinte.
Antes da sessão de autógrafos, na qual a Senhora Polvo teve o privilégio de iniciar a fila, João Tordo foi surpreendido por uma tela da capa do seu romance, cujo título fora pintado em caracteres japoneses. Quer seja a reputação que precede João Tordo, ou o caloroso lançamento, ninguém na sala deixou de partilhar a curiosidade nutrida pela obra. Nós certamente vamos ler.
Até à próxima,
Senhora Polvo